A eficiência energética tem como objetivo otimizar o aproveitamento das fontes de energia para reduzir custos e colaborar com o meio ambiente. Isso significa realizar os mesmos processos utilizando menos recursos.
Com tarifas de energia cada vez mais altas, saber como usar o recurso energia elétrica de forma racional e eficiente torna-se um diferencial, diminuir custos de operação e com isso aumentar a margem de lucro e o grau de competitividade no mercado é sempre meta de planejamento, contudo, muitos gestores não observam a eficiência energética para se tornar mais competitivo e alavancar resultados.
A energia elétrica no seu negócio é relevante? a fatura de energia elétrica é uma despesa variável que pode ser reduzida de forma significativa com um planejamento adequado. Quem ainda considera a energia como despesa fixa perde uma chance de economizar recursos e otimizar processos.
A empresa precisa conhecer em detalhes e de forma sistemática seus hábitos de consumo: quanta energia gasta, como gasta, onde gasta, quais são os gargalos em seus processos e comportamentos que acarretam desperdício e que medidas podem corrigi-los para que a eficiência seja uma realidade no negócio.
A partir desse controle, autoconhecimento, é possível planejar ações adequadas para os melhores resultados.
A seguir, abordaremos uma modalidade tarifária que pode, para alguns negócios, ser implementada pela gestão para redução da fatura de energia elétrica.
A Tarifa Branca é uma nova opção tarifária para as unidades consumidoras atendidas em baixa tensão, chamado de grupo B, disponível a todos os consumidores do país desde janeiro de 2020 regulamentado na Resolução Normativa ANEEL nº 733/2016.
Podem aderir à Tarifa Branca os consumidores das classes:
• Residencial: denominada subgrupo B1;
• Rural: denominada subgrupo B2; e
• Industrial, Comércio, Serviços e outras atividades, Serviço Público, Poder Público e Consumo Próprio: denominada subgrupo B3.
Diferente da modalidade tarifária Convencional, que tem um único valor de tarifa, a Tarifa Branca possui valores diferentes ao longo do dia.
Nos dias úteis, temos 3 valores de tarifa, aplicados de acordo com os períodos (postos):
• Ponta: tarifa mais elevada;
• Intermediário: tarifa de valor intermediário; e
• Fora Ponta: tarifa de valor menor.
Nos fins de semana e feriados nacionais, o valor é sempre da tarifa Fora de Ponta.
A Tarifa Fora de Ponta tem valor inferior ao valor da Tarifa Convencional. Isso faz com que a Tarifa Branca seja indicada para quem consegue concentrar seu consumo no período fora de ponta dos dias úteis e nos fins de semanas.
Contudo, a Tarifa Branca não é recomendada se o consumo for maior nos períodos de ponta e intermediário e não houver possibilidade de transferência do uso dessa energia elétrica para o período fora de ponta. Nesses casos, a Tarifa Branca pode resultar em uma conta maior: nessa situação, é mais vantajoso continuar na Tarifa Convencional.
Antes de optar pela Tarifa Branca, conheça seu perfil de consumo, faça uma análise e identifique os hábitos de utilização da energia elétrica ao longo do dia comparando-os com os períodos de ponta e intermediário definidos para a distribuidora que o atende. Quanto mais o consumidor deslocar seu consumo para o período fora de ponta e quanto maior for a diferença entre essas duas tarifas, maiores serão os benefícios da Tarifa Branca.
O consumidor deve observar a relação entre a Tarifa Branca fora de ponta e a Tarifa Convencional, quanto maior for a diferença, maiores serão os benefícios da Tarifa Branca, no caso da concessionária RGE Sul a diferença é uma redução de -18,9% como demonstra a figura abaixo.
Caso o consumidor não possa adotar hábitos que priorizem o uso da energia fora do período de ponta e intermediário, a opção pela Tarifa Branca pode ser simulada no site da sua distribuidora de energia avaliando dessa forma o potencial de economia na fatura do consumidor.
Nesse artigo abordamos a Tarifa Branca de energia elétrica, porém, atuar com gestão de energia pode trazer mais diferenciais para o negócio como:
• Desvendar desperdícios ocultos;
• Priorizar ações de eficiência energética onde o retorno é maior;
• Observar aspectos regulatórios sobre a fatura de energia;
• Verificação de cobranças indevidas;
• Validar as medições da distribuidora e valores apresentados;
• Validar tarifas e parâmetros do contrato de fornecimento;
• Verificar os cálculos dos impostos, multas e juros incidentes;
• Identificar erros de leitura, faturamento e constantes de medição;
• Identificar desvios nas grandezas faturadas e nos indicadores de performance energética;
• Analisar o perfil histórico de consumo;
• Analisar a demanda contratada e a modalidade tarifária mais adequadas ao seu perfil de consumo;
• Analisar a viabilidade de uso de geradores no horário de ponta;
• Analisar a viabilidade de soluções em geração distribuída pelo sistema de compensação de energia, solar fotovoltaica por exemplo.
O setor elétrico nacional é altamente regulado, o conhecimento regulatório para tradução do arcabouço legal em vantagem competitiva para o seu negócio é onde nos propormos a atuar.
Fonte: Empório Adamantis